sábado, 1 de março de 2008

“O mundo deve ajudar o Brasil”

“O mundo deve ajudar o Brasil”, diz parlamentar inglês sobre meio ambiente
Em 27/02/2008

Participante do fórum da Globe (Organização Mundial de Legisladores para um Ambiente Equilibrado) Malcolm Bruce, membro liberal-democrático do parlamento do Reino Unido, afirmou que o mundo todo deveria contribuir para uma política de meio-ambiente sustentável no Brasil. O evento ocorreu em Brasília e reuniu legisladores dos países do G8, do Brasil, da China, da Índia, do México e da África do Sul (o G8+5).
“O Brasil tem um ecossistema incrível, importante não somente para o país, mas para o mundo inteiro. O que deve ser feito é encontrar vias para o desenvolvimento sustentável dessas regiões. Eu acredito que, uma vez que a preservação do meio-ambiente brasileiro é tão importante para todos, o mundo inteiro deveria contribuir para essa preservação de uma maneira ou de outra”, afirmou o parlamentar em entrevista ao Contas Abertas. O que se vê na execução orçamentária do Ministério do Meio Ambiente em 2007, no entanto, são baixas aplicações. A pasta gastou apenas 50% do valor autorizado no Orçamento Geral da União de 2007. Dos R$ 2,8 bilhões previstos, apenas R$ 1,4 bilhão foi pago, incluindo a quitação de dívidas contraídas em 2006.
Programas importantes tiveram baixa execução, como é o caso do “Amazônia sustentável”, em que Estados e municípios onde a Amazônia Legal está localizada são estimulados a usarem recursos naturais de forma sustentável. Dos R$ 20,5 milhões reservados para o projeto, apenas R$ 10,5 milhões foram gastos em 2007, incluindo os restos a pagar. Outro programa que teve baixa execução foi o de “Zoneamento ecológico-econômico”, que promove divisão de grandes áreas da Amazônia com base em suas situações sociais e ecológicas. Trata-se de uma forma de consolidar o processo de ocupação e o desenvolvimento sustentável da região. Dos R$ 10,7 milhões destinados ao programa, apenas 12% foram utilizados, o equivalente a R$ 1,3 milhão.
Globe
Mais de 100 parlamentares de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Japão, Rússia, Brasil, China, Índia, México e África do Sul se reuniram no Itamaraty esta semana, em Brasília. Foram debatidas metas de redução das emissões de carbono pós-Protocolo de Kyoto, exploração sustentável de florestas, biocombustíveis e aquecimento global. As discussões têm sido ampliadas e o Brasil é tido como fundamental neste processo. A intenção do grupo é elaborar um documento com sugestões a serem apresentadas na próxima reunião de cúpula do G-8, em junho, no Japão.
A senadora Serys Slhessarenko foi coordenadora da delegação brasileira que participou do evento. Ela afirma que “as discussões no Brasil tiveram três aspectos principais: o desmatamento evitado, o comércio de carbono e, sobretudo, os biocombustíveis.” Temas, segundo ela, que não são abordados pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997. “Os debates devem, possivelmente, seguir até 2012”, afirma a senadora ao se referir à data em que o protocolo deixa de vigorar.
Fonte: Contas Abertas

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