terça-feira, 24 de junho de 2008

CRISE DOS ALIMENTOS

Demanda cresce, o clima atrapalha e o preço sobe

Emergentes crescem mais do que o esperado

Fonte : http://veja.abril.com.br

A combinação de cinco fatores principais desencadeou uma alta média de 57% nos preços dos alimentos entre 2007 e 2008. O trigo, por exemplo, subiu 130%. Outro produto fundamental, o milho, teve seu preço dobrado nos últimos dois anos. Para as pessoas que vivem no limiar da miséria, isso significa a fome. A gravidade da situação já chamou a atenção dos principais organismos internacionais: a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A seguir, as causas apontadas pelas principais entidades para explicar o problema - que, segundo o Bird, pode fazer com que 100 milhões de pessoas recuem na linha que separa a pobreza da miséria absoluta em função do encarecimento da comida.


Países estão comendo mais (principalmente os emergentes)

Este pode ser considerado o principal fator para o surgimento da atual crise. A economia mundial cresceu 20% nos últimos 4 anos, aumentando o consumo de alimentos em países emergentes como China, Índia e Brasil, onde vive uma parcela de mais de 30% da população mundial. Uma mudança de padrão de consumo é suficiente, portanto, para uma alteração significativa na economia global. No ano passado, a China expandiu seu produto interno bruto em 11,4%. A Índia cresceu 9,6%. Não foi só isso. Além de comer mais, a população desses países está se tornando mais urbana. Ou seja, deixou de produzir o próprio alimento para comprá-lo no supermercado, o que torna necessário que se produza mais comida em larga escala para atender às cidades. O crescimento da renda dos trabalhadores nesses países fez com que mudassem seus hábitos de consumo e, por conseqüência, sua dieta. Trocaram carboidratos por mais proteínas no cardápio - basicamente carne, leite e queijos. Um bom exemplo é o do consumo de carne na China. Segundo dados publicados pela revista britânica The Economist, cada chinês consumia em média 20 quilos de carne por ano em 1985. Hoje, consome 50. Maior consumo de carne quer dizer maior consumo de grãos. Para produzir um quilo de carne bovina, são necessários 8 quilos de grãos.


Recordes sucessivos do preço internacional do petróleo

O preço do barril de petróleo aumentou 110% entre o o início de 2007 e abril de 2008, o que elevou o preço dos transportes e dos insumos, como fertilizantes a adubos. A interrupção da produção de petróleo na Nigéria, a contínua queda do dólar ante o euro e o temor pela crescente demanda da commodity na China fizeram com que o petróleo chegasse próximo à casa dos 120 dólares em abril de 2008. A China divulgou que importou um recorde de 4,09 milhões de barris por dia de petróleo em março do mesmo ano. Já Nigéria opera abaixo de sua capacidade por problemas de segurança. Dois oleodutos que alimentam um terminal-chave de exportação foram atacados por rebeldes e não puderam ser acessados pela Shell. As exportações de 169.000 barris ao dia foram suspensas por três meses após um ataque a um oleoduto. Aliada à crise mundial, a alta do petróleo foi responsável por dobrar o preço da tonelada dos fertilizantes. Além disso, algumas medidas tomadas pelos governos dos principais países produtores pressionam ainda mais os preços dos insumos. A Rússia impôs novas taxas à exportação, enquanto a China decidiu que os fertilizantes não possuem mais prioridade no sistema de transporte ferroviário, o que complica sua exportação. Além do preço dos alimentos, o alto custo do petróleo influencia também outros setores da economia, desencadeando uma inflação geral.


A ação dos especuladores e a queda acentuada do dólar

No caso do trigo, o preço cresceu também em função da especulação financeira. A crise global de crédito originada nos Estados Unidos fez com que os investidores procurassem os fundos de commodities como alternativa para ganhar dinheiro. Acabaram ajudando a jogar os preços para cima. Os alimentos são cotados internacionalmente em dólar. A especulação do mercado e a queda constante nos preços das ações são fatores que agravam ainda mais esse problema. A especulação retroalimenta o processo de alta no preço da comida. Outro fator que tem certo peso no problema: a cotação do dólar no mercado internacional caiu 37% nos últimos 6 anos. Isso também provoca a fuga para as commodities.

Aumento da produção destinada aos biocombustíveis

O principal problema tem relação com o etanol produzido nos Estados Unidos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a produção de etanol americana é responsável por metade do aumento da demanda mundial de milho nos últimos três anos. Isso aumentou o preço do milho e o preço das rações. Dessa forma, aumentam também os custos de produtos bovinos e suínos, já que o milho é usado em rações animais. De acordo com o Departamento de Agricultura, o mesmo ocorreu com outras colheitas - principalmente a soja - quando os produtores decidiram mudar seus cultivos para o milho. O relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, exagera: afirma que a produção em massa de biocombustíveis representa um "crime contra a humanidade" por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos. Os críticos dessa tecnologia argumentam que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e contribui para o aumento dos preços dos mantimentos. O debate ecoou com força no Brasil. Como o etanol é uma prioridade do governo brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reagiu. Acusou Ziegler de não conhecer a realidade brasileira. No Brasil o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar. Dos 355 milhões de hectares disponíveis para plantio no país, somente 90 milhões seriam adequados à cultura de cana, que atualmente ocupa apenas 7,2 milhões de hectares (metade deles para a produção de açúcar). Em São Paulo, a plantação de cana ocupou o espaço de pastagens, nos últimos anos, sem que a produção de carne bovina tenha diminuído. Enquanto Ziegler ataca os biocombustíveis como um todo, outros representantes da ONU reconhecem que o problema não está no Brasil, mas sim nos EUA. E mesmo nesse caso há quem discorde da influência negativa no preço dos alimentos.


Fatores naturais que atrapalham a produção agrícola

Secas, enchentes, pragas e doenças nos rebanhos provocaram graves quebras de safra na China, na Europa e Austrália, reduzindo a oferta de comida. A Austrália, segundo maior exportador de trigo, teve forte seca. Projeções oficiais dão conta de uma redução de 10% nas chuvas até 2030, o que deve se traduzir na queda de 10% da produção de trigo, carne bovina, lácteos e açúcar, além de uma queda de 63% das exportações desse conjunto de commodities. Nos últimos três anos, o Brasil teve secas tão profundas no sul que perdeu 40 milhões de toneladas de grãos. Os estoques de milho, trigo e arroz, os cereais básicos para a alimentação do mundo, estariam em 70% das marcas de 1999.

Etanol brasileiro é sustentável

Energia

Etanol brasileiro é sustentável, diz ONU

23 de Junho de 2008

fonte:http://vejaonline.abril.com.br

O secretário-executivo da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, disse nesta segunda-feira que o etanol brasileiro é "sustentável" e "não desmata", em referência à proteção à floresta Amazônica. Segundo ele, a forma como o biocombustível é produzido e o seu impacto no mundo é crucial para garantir a redução de emissões de gás carbônico na atmosfera. Boer defendeu que o debate sobre o futuro do etanol precisa ser mais "sofisticado".

"Não há um só etanol. Porém, o que existe no Brasil não desmata e é sustentável. O biocombustível de óleo de palma desmata. Há também o etanol de milho, que está gerando a alta nos preços dos alimentos. Portanto, sei que o etanol será ainda um tema polêmico nas negociações do clima", disse Boer, segundo a agência Estado. O etanol brasileiro é feito sobretudo a partir da cana-de-açúcar.

O secretário-executivo disse que o critério de sustentabilidade será o que vai determinar se o etanol poderá ou não fazer parte de uma solução climática no mundo. "O que precisamos é que todos se sentem à mesa para discutir. O que queremos é reduzir as emissões. Esse é o objetivo", afirmou Boer.

Por fim, ele falou da pressão exercida pelas companhias petrolíferas sobre o etanol. "Cada país e setor tem seu interesse. O pessoal do petróleo não gosta desse debate", admitiu.


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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mercado de carbono

Braskem quer vender créditos

Empresa mapeia emissões para mercado de carbono

André Magnabosco

O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, disse ontem que a empresa já tem projetos que poderiam resultar em geração de créditos de carbono. Sem dar detalhes, o executivo destacou que a empresa já fez um mapeamento das ações que atenderiam tais requisitos.

Os créditos de carbono são gerados a partir da redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e podem ser obtidos em iniciativas como a substituição de óleo combustível por gás natural. Essa é uma das ações colocadas em prática pela Braskem na Bahia. A companhia, segundo o executivo, tem demanda de 1,5 milhão de metros cúbicos diários de gás natural, mas recebe em média apenas um terço desse volume. Esse excedente poderá ser obtido nos próximos anos, a partir do aumento da oferta de gás naquele Estado.

Outra prioridade da Braskem é garantir maior sustentabilidade a suas linhas de produção. De acordo com Grubisich, a companhia reduziu em 7% o consumo de água entre 2002 e 2007. Já a emissão de efluentes líquidos teve retração de 42%, enquanto a produção de resíduos sólidos caiu 45% em igual comparação.

“Esses números representam redução no consumo de matérias-primas e de custos para o tratamento desses resíduos.”

O executivo destacou que os dados de consumo de água devem manter trajetória de queda nos próximos anos. “No caso do nosso projeto de polietileno verde, por exemplo, a produção de eteno a partir de etanol passa por um processo de desidratação, que irá gerar água possível de ser reutilizada nas outras fábricas da empresa.”

PLÁSTICO VERDE

Grubisich reiterou que o projeto de polietileno feito a partir da cana-de-açúcar é hoje mais competitivo do que o produto feito a partir do petróleo, cuja cotação tem oscilado acima de US$ 130 o barril. Além disso, a nova tecnologia é vista como um importante aliado comercial da Braskem. “É muito grande o interesse mundial por esse produto. O polietileno verde tem aberto a possibilidade de comercialização de produtos tradicionais com novos clientes”, disse Grubisich.

A fábrica de polietileno verde será instalada em Triunfo (RS) e entrará em operação em 2010. Antes disso, a Braskem poderá anunciar planos para a construção de uma nova unidade, já que a demanda pelo produto supera 600 mil toneladas anuais. Esse segundo projeto poderia contar com a participação de empresas que viabilizassem o desenvolvimento da resina em diversos mercados. Entre os possíveis parceiros estão empresas dos setores automobilístico, bens de consumo, embalagens e cosméticos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ibama usa satélite japonês para barrar desmatamento

Ibama usa satélite japonês para barrar desmatamento.

Agencia Estado

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) usa desde o dia 2 imagens de um satélite japonês de observação avançada para identificar áreas desmatadas na Floresta Amazônica. A tecnologia difere dos sistemas nacionais por ser capaz de captar fotos de regiões degradadas mesmo quando há nuvens no céu.

O acordo foi firmado em abril do ano passado com a Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (Jaxa) e as primeiras imagens chegaram este mês ao Brasil. O equipamento fornece informações para a Operação Roncador, que acontece em 13 municípios do sudeste do Pará e no nordeste do Mato Grosso. Os dados são processados pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Ibama e usados em campo pelos técnicos do instituto.

Uma equipe de 36 funcionários do órgão e policiais mato-grossenses já começou a fazer ações de fiscalização na região com base nas informações. Desde o início do mês, foram apreendidos três tratores, uma motosserra e aplicadas multas no valor total de R$ 31,5 mil. A operação se estenderá por tempo indeterminado.

O Ibama usa ainda dados sobre desmatamento do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (Prodes). O Deter mostrou que em abril foram derrubados 1.123 km² de floresta. A operação faz parte do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, do Governo Federal, e da campanha Guardiões da Amazônia, do Ibama.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

DIA DO MEIO AMBIENTE !!




Você sabe qual o tamanho do estrago que você causa ao ambiente?

Local: Brasília - DF
Fonte: WWF Brasil
Link: http://www.wwf.org.br/pantanal/default.htm


Neste dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a ONG WWF-Brasil lança oficialmente em seu site uma calculadora de "pegada ecológica". O conceito, criado na década de 1990 pelos especialistas William Rees e Mathis Wackernagel, ajuda a identificar a quantidade de recursos da natureza que usamos toda vez que fazemos compras, comemos, andamos de carro e assim por diante.

O tamanho de uma "pegada" varia de acordo com o país em que se vive. Os parâmetros analisados no cálculo incluem dados como o tamanho da população, a quantidade de florestas existentes no território, áreas de pastagens e agricultura, além das diversas formas de consumo dos habitantes

"Pesquisas mostram que o ser humano, atualmente, utiliza 25% a mais do que o planeta pode oferecer em recursos naturais", explica Irineu Tamaio, coordenador do programa de educação para sociedades sustentáveis do WWF-Brasil. Ou seja, precisamos de um planeta e mais um quarto dele para sustentar nosso estilo de vida atual.

No Brasil, o índice segue a tendência. Já nos Estados Unidos, o estilo de vida proporciona um impacto muito maior. "Se todas as pessoas do mundo tivessem os mesmos hábitos do americano, seriam necessários cinco planetas para nos sustentar", diz.

O cálculo da "pegada ecológica" pode ser feito no site www.pegadaecologica.org.br

terça-feira, 3 de junho de 2008

Petroléo x Etanol

Reportagem no Jornal Nacional

'Dedos que apontam contra biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão'

Lula defende etanol e culpa petróleo e subsídios por crise dos alimentos

'Dedos que apontam contra biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão', disse ele.Em conferência da FAO, presidente voltou a pedir revisão da Rodada de Doha.

Em discurso na Conferência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), nesta terça-feira (3) em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a produção brasileira de etanol e criticou os países que atribuem ao Brasil e às plantações de cana-de-açúcar a responsabilidade pela crise nos alimentos no mundo.

"Esse comportamento não é neutro nem desinteressado. Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão. muitos dos que responsabilizam o etanol – inclusive o etanol da cana-de-açúcar – pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", criticou o presidente. Diante de vários chefes de Estado e de Governo presentes ao evento, o presidente criticou o "intolerável protecionismo que atrofia e desorganiza" a produção agrícola dos países pobres. "Os subsídios criam dependência, desmantelam estruturas produtivas inteiras, geram fome e pobreza onde poderia haver prosperidade. Já passou da hora de eliminá-los", disse, segundo a Agência Brasil. "É indispensável afastar a cortina de fumaça lançada por lobbies poderosos que pretendem atribuir à produção do etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos", completou.
'Etanol é como colesterol'

Lula selecionou fatos brasileiros para responder às acusações de que o programa de etanol brasileiro diminuiu a produção de grãos e pode invadir as áreas de mata da Amazônia. Lembrou dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, para não usar dados brasileiros, mostrando que toda a cana-de-açúcar brasileira está concentrada em apenas 2% da sua área agrícola e apenas a metade disse é usado para etanol. O restante é usado em açúcar.

"Há críticos ainda que apelam para um argumento sem pé nem cabeça: os canaviais no Brasil estariam invadindo a Amazônia. Quem fala uma bobagem dessas não conhece o Brasil", criticou.

"A Região Norte, onde fica quase toda a Floresta Amazônica, tem apenas 21 mil hectares de cana, o equivalente a 0,3% da área total dos canaviais do Brasil. Ou seja, 99,7% da cana está a pelo menos 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Isso é, a distância entre nossos canaviais e a Amazônia é a mesma que existe entre o Vaticano e o Kremlin. Em suma, o etanol de cana no Brasil não agride a Amazônia, não tira terra da produção de alimentos, nem diminui a oferta de comida na mesa dos brasileiros e dos povos do mundo".

Lula, no entanto, se uniu às críticas ao etanol americano, feito de milho, e que tem sido apontado como o possível maior vilão da alta de preços, já que tem sido desviado da produção alimentar para os combustíveis. "É evidente que o etanol do milho só consegue competir com o etanol de cana quando é anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias", disse.

"O etanol da cana gera 8,3 vezes mais energia renovável do que a energia fóssil empregada na sua produção. Já o etanol do milho gera apenas uma vez e meia a energia que consome. É por isso que há quem diga que o etanol é como o colesterol. Há o bom etanol e o mau etanol. O bom etanol ajuda a despoluir o planeta e é competitivo. O mau etanol depende das gorduras dos subsídios".
Petróleo

Lula também disse que considera que entre os fatores que influenciam a alta espetacular dos preços dos alimentos está o elevado preço do petróleo, que passou de US$ 30 a US$ 130 em pouco tempo. O presidente reclamou daqueles que falam da alta dos alimentos, mas não discutem o preço do petróleo, que seria responsável por 30% do custo final da produção de alimentos no Brasil. "O petróleo pesa muito no custo das lavouras brasileiras. Aí, eu me pergunto: e quanto não pesa o petróleo no custo de produção de alimentos de outros países que dele dependem muito mais do que nós?". O presidente referiu-se aos países que criticam a produção de biocombustíveis brasileira, mas se recusam a admitir que o preço do petróleo tem influência direta na alta dos alimentos. "É curioso: são poucos os que mencionam o impacto negativo do aumento dos preços do petróleo sobre os custos de produção e transporte dos alimentos", disse. Ele voltou a pedir a revisão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) que "permita aos países mais pobres gerar renda com sua produção e exportação".