terça-feira, 30 de setembro de 2008

METANO

Milhões de toneladas do gás estão a ser libertadas no Árctico
Metano: a nova ameaça para o aquecimento global
Fonte : http://ultimahora.publico.clix.pt

Cientistas a trabalhar no Árctico asseguram que descobriram uma nova ameaça para o aquecimento global. Milhões de toneladas de gás metano, 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono, estão a escapar para a atmosfera a partir dos fundos marinhos da plataforma continental siberiana.

Os depósitos de metano sub-aquáticos estão a ser libertados para a superfície sob a forma de bolhas na região do Árctico, à medida que a região aquece e o gelo recua, segundo noticia hoje o jornal “The Independent”.

Os cientistas acreditam que a libertação repentina de metano esteve na origem de rápidos aumentos de temperaturas, da alteração dramática do clima e até da extinção de algumas espécies.

Os investigadores alertam também para o facto de este fenómeno poder estar relacionado com o rápido aquecimento que se tem verificado na região do Árctico nos últimos anos.

A equipa de cientistas percorreu toda a costa norte da Rússia a bordo de um navio de investigação e registou grandes concentrações de metano, em alguns casos cem vezes superiores aos níveis encontrados anteriormente. Os registos verificaram-se em várias zonas que se estendem a uma área de milhares de quilómetros quadrados na plataforma continental siberiana.



A concentração é de tal forma elevada que Örjan Gustafsson, investigador da Universidade de Estocolmo e um dos responsáveis pela expedição, citado pelo “The Independent”, afirmou: “pela primeira vez, documentámos um campo onde a libertação era tão intensa que o metano não tinha tempo para se dissolver na água, mas estava a atingir a superfície do oceano sob a forma de bolhas de ar”. Gustafsson acrescentou que “estas ‘chaminés de metano’ foram registadas através de instrumentos de ressonância e sísmicos”.

Citado pelo “El Mundo”, Gustafsson explicou que “a libertação de metano nestas regiões inacessíveis parece indicar que a capa de "permafrost" (tipo de solo do Árctico, composto por terra, gelo e rochas congeladas) está a começar a romper-se, o que permite que o gás escape. Encontramos níveis elevados de metano na superfície do mar e ainda mais elevados a certas profundidades”.

O metano é 20 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono, enquanto gás de estufa, e muitos cientistas temem que esta libertação possa acelerar o aquecimento global numa gigante reacção em cadeia: o metano atmosférico causa um aumento das temperaturas que, por seu lado, aceleram o descongelamento da capa de "permafrost" que, em consequência, liberta mais metano para o ar.

Anomalias detectadas em 2003

Calcula-se que a quantidade de metano depositado debaixo do Árctico supere o carbono armazenado nas reservas carboníferas mundiais, daí a importância da estabilidade dos depósitos numa área que tem vindo a aquecer a um ritmo muito superior ao restante planeta.

Os resultados preliminares do estudo internacional da plataforma siberiana estão a ser preparados para serem publicados na União Geofísica Americana, sob a supervisão de Igor Semiletov, membro da Academia Russa de Ciências. O cientista investiga a área do mar de Laptev desde 1994, e até 2003 não tinham sido registados níveis anormais de metano. Foi a partir desse ano que foram encontradas as primeiras zonas de libertação de metano, agora confirmadas por este estudo.

Semiletov, citado pelo "The Independent", sugeriu várias explicações para o fenómeno, entre as quais o descongelamento das camadas de gelo na terra que fazem com que a água chegue ao mar a temperaturas mais elevadas e em maior volume.

O Árctico registou nas últimas décadas um aumento médio das temperaturas em quatro graus centígrados e uma forte diminuição da área oceânica coberta por gelo durante o Verão.

Maiores desmatadores

Minc divulgará lista dos maiores desmatadores, que podem responder à Justiça

O Globo

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prometeu divulgar segunda-feira os nomes dos cem principais devastadores da Amazônia. A publicação de uma lista com 150 nomes chegou a ser anunciada no início do ano, na gestão da ex-ministra Marina Silva, mas jamais veio a público. Segundo Minc, a medida vai atacar a impunidade ambiental na Amazônia. Ele disse que apenas 1% dos casos de desmatamento na região resulta na condenação dos responsáveis.

" Em tese, toda regularização fundiária ajuda a combater o desmatamento e a preservar a reserva legal de floresta "
Minc anunciou também a formação de uma força-tarefa para tentar levar ao banco dos réus os cem maiores desmatadores. Segundo ele, as ações judiciais serão preparadas por um grupo integrado por servidores do Ibama, do Ministério Público Federal e da Advocacia Geral da União, que começará a atuar já na semana que vem.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário confirmou a existência de um plano para doar a posseiros já instalados na floresta terras públicas com até quatro quilômetros quadrados de área. Segundo um estudo da pasta, a idéia deve beneficiar 284 mil posseiros na Amazônia. Segundo cálculos da ONG Imazon, o projeto pode levar a União a abrir mão de um patrimônio estimado em R$ 2,1 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento Agrário não quis comentar o valor. Minc disse não conhecer detalhes da proposta, mas se declarou favorável a qualquer projeto de regularização fundiária da Amazônia:

- Em tese, toda regularização fundiária ajuda a combater o desmatamento e a preservar a reserva legal de floresta.

domingo, 3 de agosto de 2008

Fundo da Amazônia

Lula assina nesta sexta decreto do Fundo da Amazônia

FONTE : A TARDE On Line

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará nesta sexta-feira (1º), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, o Fundo da Amazônia, que terá o banco como gestor e responsável pela captação e aplicação dos recursos do fundo. Instituído a partir da assinatura do decreto, o fundo será responsável pela captação de recursos, exclusivamente, por meio de doações, com potencial de contribuições ao equivalente a US$ 1 bilhão para o primeiro ano de vigência.

A captação potencial de recursos, nacionais e estrangeiros, no entanto, segundo Eduardo Bandeira de Mello, chefe do Departamento de Meio Ambiente e Responsabilidade Social do BNDES, poderá ser superior ao equivalente a US$ 21 bilhões até 2021.

Em entrevista coletiva para explicar o Fundo da Amazônia, Bandeira de Mello explicou a importância da criação do novo fundo para a preservação ambiental no país, e principalmente na região amazônica.

“Ele é importante porque permitirá a captação de recursos para o combate ao desmatamento da Amazônia. O Brasil já vem conseguindo um desempenho extraordinário nos últimos anos no combate ao desmatamento – os números estão aí – e foi isto que motivou os primeiros doadores do Fundo Amazônico”.

Segundo o BNDES, o novo fundo será destinado a financiamentos não-reembolsáveis de ações que possam contribuir para a prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento da floresta, além de promover a conservação e o uso sustentável das florestas no bioma amazônico.

“O objetivo de tal estratégia é reduzir as emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera decorrente das áreas desmatadas na Amazônia brasileira”, informou Bandeira de Mello.

O decreto a ser assinado pelo presidente Lula determina que o BNDES coordenará as captações de doações e emitirá diploma reconhecendo a contribuição dos doadores.

“Os diplomas serão nominais, intransferíveis e não gerarão direito patrimonial ou crédito de carbono para compensações”, informa a assessoria de Imprensa do banco.

A assinatura do decreto por parte do presidente Lula acontecerá em solenidade que contará, ainda, com as presenças do presidente do Banco, Luciano Coutinho, e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.


Segundo informações já adiantadas pelo BNDES vai apoiar projetos que visem objetivos como a gestão de florestas públicas e áreas protegidas; controle, monitoramento e fiscalização ambiental; manejo florestal sustentável; atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta; zoneamento ecológico e econômico, ordenamento e regularização fundiária; conservação e uso sustentável da biodiversidade; além da recuperação de áreas desmatadas.

Na nota em que detalha as diretrizes do Fundo, o BNDES esclarece, ainda, que o Fundo também prevê a instituição de um Comitê Orientador, com representação de órgãos do Governo Federal, dos governos dos estados da Amazônia Legal que possuam planos estaduais de prevenção e combate ao desmatamento ilegal e de representantes da sociedade civil, nomeados pelo presidente do BNDES. “Sua principal atribuição será a aprovar as diretrizes de aplicação de recursos, o regimento interno do Comitê Orientador do Fundo, e seu relatório anual”, diz a nota.

terça-feira, 24 de junho de 2008

CRISE DOS ALIMENTOS

Demanda cresce, o clima atrapalha e o preço sobe

Emergentes crescem mais do que o esperado

Fonte : http://veja.abril.com.br

A combinação de cinco fatores principais desencadeou uma alta média de 57% nos preços dos alimentos entre 2007 e 2008. O trigo, por exemplo, subiu 130%. Outro produto fundamental, o milho, teve seu preço dobrado nos últimos dois anos. Para as pessoas que vivem no limiar da miséria, isso significa a fome. A gravidade da situação já chamou a atenção dos principais organismos internacionais: a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial (Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A seguir, as causas apontadas pelas principais entidades para explicar o problema - que, segundo o Bird, pode fazer com que 100 milhões de pessoas recuem na linha que separa a pobreza da miséria absoluta em função do encarecimento da comida.


Países estão comendo mais (principalmente os emergentes)

Este pode ser considerado o principal fator para o surgimento da atual crise. A economia mundial cresceu 20% nos últimos 4 anos, aumentando o consumo de alimentos em países emergentes como China, Índia e Brasil, onde vive uma parcela de mais de 30% da população mundial. Uma mudança de padrão de consumo é suficiente, portanto, para uma alteração significativa na economia global. No ano passado, a China expandiu seu produto interno bruto em 11,4%. A Índia cresceu 9,6%. Não foi só isso. Além de comer mais, a população desses países está se tornando mais urbana. Ou seja, deixou de produzir o próprio alimento para comprá-lo no supermercado, o que torna necessário que se produza mais comida em larga escala para atender às cidades. O crescimento da renda dos trabalhadores nesses países fez com que mudassem seus hábitos de consumo e, por conseqüência, sua dieta. Trocaram carboidratos por mais proteínas no cardápio - basicamente carne, leite e queijos. Um bom exemplo é o do consumo de carne na China. Segundo dados publicados pela revista britânica The Economist, cada chinês consumia em média 20 quilos de carne por ano em 1985. Hoje, consome 50. Maior consumo de carne quer dizer maior consumo de grãos. Para produzir um quilo de carne bovina, são necessários 8 quilos de grãos.


Recordes sucessivos do preço internacional do petróleo

O preço do barril de petróleo aumentou 110% entre o o início de 2007 e abril de 2008, o que elevou o preço dos transportes e dos insumos, como fertilizantes a adubos. A interrupção da produção de petróleo na Nigéria, a contínua queda do dólar ante o euro e o temor pela crescente demanda da commodity na China fizeram com que o petróleo chegasse próximo à casa dos 120 dólares em abril de 2008. A China divulgou que importou um recorde de 4,09 milhões de barris por dia de petróleo em março do mesmo ano. Já Nigéria opera abaixo de sua capacidade por problemas de segurança. Dois oleodutos que alimentam um terminal-chave de exportação foram atacados por rebeldes e não puderam ser acessados pela Shell. As exportações de 169.000 barris ao dia foram suspensas por três meses após um ataque a um oleoduto. Aliada à crise mundial, a alta do petróleo foi responsável por dobrar o preço da tonelada dos fertilizantes. Além disso, algumas medidas tomadas pelos governos dos principais países produtores pressionam ainda mais os preços dos insumos. A Rússia impôs novas taxas à exportação, enquanto a China decidiu que os fertilizantes não possuem mais prioridade no sistema de transporte ferroviário, o que complica sua exportação. Além do preço dos alimentos, o alto custo do petróleo influencia também outros setores da economia, desencadeando uma inflação geral.


A ação dos especuladores e a queda acentuada do dólar

No caso do trigo, o preço cresceu também em função da especulação financeira. A crise global de crédito originada nos Estados Unidos fez com que os investidores procurassem os fundos de commodities como alternativa para ganhar dinheiro. Acabaram ajudando a jogar os preços para cima. Os alimentos são cotados internacionalmente em dólar. A especulação do mercado e a queda constante nos preços das ações são fatores que agravam ainda mais esse problema. A especulação retroalimenta o processo de alta no preço da comida. Outro fator que tem certo peso no problema: a cotação do dólar no mercado internacional caiu 37% nos últimos 6 anos. Isso também provoca a fuga para as commodities.

Aumento da produção destinada aos biocombustíveis

O principal problema tem relação com o etanol produzido nos Estados Unidos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a produção de etanol americana é responsável por metade do aumento da demanda mundial de milho nos últimos três anos. Isso aumentou o preço do milho e o preço das rações. Dessa forma, aumentam também os custos de produtos bovinos e suínos, já que o milho é usado em rações animais. De acordo com o Departamento de Agricultura, o mesmo ocorreu com outras colheitas - principalmente a soja - quando os produtores decidiram mudar seus cultivos para o milho. O relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, exagera: afirma que a produção em massa de biocombustíveis representa um "crime contra a humanidade" por seu impacto nos preços mundiais dos alimentos. Os críticos dessa tecnologia argumentam que o uso de terras férteis para cultivos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas aos alimentos e contribui para o aumento dos preços dos mantimentos. O debate ecoou com força no Brasil. Como o etanol é uma prioridade do governo brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula reagiu. Acusou Ziegler de não conhecer a realidade brasileira. No Brasil o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar. Dos 355 milhões de hectares disponíveis para plantio no país, somente 90 milhões seriam adequados à cultura de cana, que atualmente ocupa apenas 7,2 milhões de hectares (metade deles para a produção de açúcar). Em São Paulo, a plantação de cana ocupou o espaço de pastagens, nos últimos anos, sem que a produção de carne bovina tenha diminuído. Enquanto Ziegler ataca os biocombustíveis como um todo, outros representantes da ONU reconhecem que o problema não está no Brasil, mas sim nos EUA. E mesmo nesse caso há quem discorde da influência negativa no preço dos alimentos.


Fatores naturais que atrapalham a produção agrícola

Secas, enchentes, pragas e doenças nos rebanhos provocaram graves quebras de safra na China, na Europa e Austrália, reduzindo a oferta de comida. A Austrália, segundo maior exportador de trigo, teve forte seca. Projeções oficiais dão conta de uma redução de 10% nas chuvas até 2030, o que deve se traduzir na queda de 10% da produção de trigo, carne bovina, lácteos e açúcar, além de uma queda de 63% das exportações desse conjunto de commodities. Nos últimos três anos, o Brasil teve secas tão profundas no sul que perdeu 40 milhões de toneladas de grãos. Os estoques de milho, trigo e arroz, os cereais básicos para a alimentação do mundo, estariam em 70% das marcas de 1999.

Etanol brasileiro é sustentável

Energia

Etanol brasileiro é sustentável, diz ONU

23 de Junho de 2008

fonte:http://vejaonline.abril.com.br

O secretário-executivo da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, disse nesta segunda-feira que o etanol brasileiro é "sustentável" e "não desmata", em referência à proteção à floresta Amazônica. Segundo ele, a forma como o biocombustível é produzido e o seu impacto no mundo é crucial para garantir a redução de emissões de gás carbônico na atmosfera. Boer defendeu que o debate sobre o futuro do etanol precisa ser mais "sofisticado".

"Não há um só etanol. Porém, o que existe no Brasil não desmata e é sustentável. O biocombustível de óleo de palma desmata. Há também o etanol de milho, que está gerando a alta nos preços dos alimentos. Portanto, sei que o etanol será ainda um tema polêmico nas negociações do clima", disse Boer, segundo a agência Estado. O etanol brasileiro é feito sobretudo a partir da cana-de-açúcar.

O secretário-executivo disse que o critério de sustentabilidade será o que vai determinar se o etanol poderá ou não fazer parte de uma solução climática no mundo. "O que precisamos é que todos se sentem à mesa para discutir. O que queremos é reduzir as emissões. Esse é o objetivo", afirmou Boer.

Por fim, ele falou da pressão exercida pelas companhias petrolíferas sobre o etanol. "Cada país e setor tem seu interesse. O pessoal do petróleo não gosta desse debate", admitiu.


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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mercado de carbono

Braskem quer vender créditos

Empresa mapeia emissões para mercado de carbono

André Magnabosco

O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, disse ontem que a empresa já tem projetos que poderiam resultar em geração de créditos de carbono. Sem dar detalhes, o executivo destacou que a empresa já fez um mapeamento das ações que atenderiam tais requisitos.

Os créditos de carbono são gerados a partir da redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e podem ser obtidos em iniciativas como a substituição de óleo combustível por gás natural. Essa é uma das ações colocadas em prática pela Braskem na Bahia. A companhia, segundo o executivo, tem demanda de 1,5 milhão de metros cúbicos diários de gás natural, mas recebe em média apenas um terço desse volume. Esse excedente poderá ser obtido nos próximos anos, a partir do aumento da oferta de gás naquele Estado.

Outra prioridade da Braskem é garantir maior sustentabilidade a suas linhas de produção. De acordo com Grubisich, a companhia reduziu em 7% o consumo de água entre 2002 e 2007. Já a emissão de efluentes líquidos teve retração de 42%, enquanto a produção de resíduos sólidos caiu 45% em igual comparação.

“Esses números representam redução no consumo de matérias-primas e de custos para o tratamento desses resíduos.”

O executivo destacou que os dados de consumo de água devem manter trajetória de queda nos próximos anos. “No caso do nosso projeto de polietileno verde, por exemplo, a produção de eteno a partir de etanol passa por um processo de desidratação, que irá gerar água possível de ser reutilizada nas outras fábricas da empresa.”

PLÁSTICO VERDE

Grubisich reiterou que o projeto de polietileno feito a partir da cana-de-açúcar é hoje mais competitivo do que o produto feito a partir do petróleo, cuja cotação tem oscilado acima de US$ 130 o barril. Além disso, a nova tecnologia é vista como um importante aliado comercial da Braskem. “É muito grande o interesse mundial por esse produto. O polietileno verde tem aberto a possibilidade de comercialização de produtos tradicionais com novos clientes”, disse Grubisich.

A fábrica de polietileno verde será instalada em Triunfo (RS) e entrará em operação em 2010. Antes disso, a Braskem poderá anunciar planos para a construção de uma nova unidade, já que a demanda pelo produto supera 600 mil toneladas anuais. Esse segundo projeto poderia contar com a participação de empresas que viabilizassem o desenvolvimento da resina em diversos mercados. Entre os possíveis parceiros estão empresas dos setores automobilístico, bens de consumo, embalagens e cosméticos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ibama usa satélite japonês para barrar desmatamento

Ibama usa satélite japonês para barrar desmatamento.

Agencia Estado

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) usa desde o dia 2 imagens de um satélite japonês de observação avançada para identificar áreas desmatadas na Floresta Amazônica. A tecnologia difere dos sistemas nacionais por ser capaz de captar fotos de regiões degradadas mesmo quando há nuvens no céu.

O acordo foi firmado em abril do ano passado com a Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (Jaxa) e as primeiras imagens chegaram este mês ao Brasil. O equipamento fornece informações para a Operação Roncador, que acontece em 13 municípios do sudeste do Pará e no nordeste do Mato Grosso. Os dados são processados pelo Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Ibama e usados em campo pelos técnicos do instituto.

Uma equipe de 36 funcionários do órgão e policiais mato-grossenses já começou a fazer ações de fiscalização na região com base nas informações. Desde o início do mês, foram apreendidos três tratores, uma motosserra e aplicadas multas no valor total de R$ 31,5 mil. A operação se estenderá por tempo indeterminado.

O Ibama usa ainda dados sobre desmatamento do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite (Prodes). O Deter mostrou que em abril foram derrubados 1.123 km² de floresta. A operação faz parte do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, do Governo Federal, e da campanha Guardiões da Amazônia, do Ibama.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

DIA DO MEIO AMBIENTE !!




Você sabe qual o tamanho do estrago que você causa ao ambiente?

Local: Brasília - DF
Fonte: WWF Brasil
Link: http://www.wwf.org.br/pantanal/default.htm


Neste dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a ONG WWF-Brasil lança oficialmente em seu site uma calculadora de "pegada ecológica". O conceito, criado na década de 1990 pelos especialistas William Rees e Mathis Wackernagel, ajuda a identificar a quantidade de recursos da natureza que usamos toda vez que fazemos compras, comemos, andamos de carro e assim por diante.

O tamanho de uma "pegada" varia de acordo com o país em que se vive. Os parâmetros analisados no cálculo incluem dados como o tamanho da população, a quantidade de florestas existentes no território, áreas de pastagens e agricultura, além das diversas formas de consumo dos habitantes

"Pesquisas mostram que o ser humano, atualmente, utiliza 25% a mais do que o planeta pode oferecer em recursos naturais", explica Irineu Tamaio, coordenador do programa de educação para sociedades sustentáveis do WWF-Brasil. Ou seja, precisamos de um planeta e mais um quarto dele para sustentar nosso estilo de vida atual.

No Brasil, o índice segue a tendência. Já nos Estados Unidos, o estilo de vida proporciona um impacto muito maior. "Se todas as pessoas do mundo tivessem os mesmos hábitos do americano, seriam necessários cinco planetas para nos sustentar", diz.

O cálculo da "pegada ecológica" pode ser feito no site www.pegadaecologica.org.br

terça-feira, 3 de junho de 2008

Petroléo x Etanol

Reportagem no Jornal Nacional

'Dedos que apontam contra biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão'

Lula defende etanol e culpa petróleo e subsídios por crise dos alimentos

'Dedos que apontam contra biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão', disse ele.Em conferência da FAO, presidente voltou a pedir revisão da Rodada de Doha.

Em discurso na Conferência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), nesta terça-feira (3) em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a produção brasileira de etanol e criticou os países que atribuem ao Brasil e às plantações de cana-de-açúcar a responsabilidade pela crise nos alimentos no mundo.

"Esse comportamento não é neutro nem desinteressado. Os biocombustíveis não são os vilões. Vejo com indignação que muitos dos dedos que apontam contra a energia limpa dos biocombustíveis estão sujos de óleo e carvão. muitos dos que responsabilizam o etanol – inclusive o etanol da cana-de-açúcar – pelo alto preço dos alimentos são os mesmos que há décadas mantêm políticas protecionistas, em prejuízo dos agricultores dos países mais pobres e dos consumidores de todo o mundo", criticou o presidente. Diante de vários chefes de Estado e de Governo presentes ao evento, o presidente criticou o "intolerável protecionismo que atrofia e desorganiza" a produção agrícola dos países pobres. "Os subsídios criam dependência, desmantelam estruturas produtivas inteiras, geram fome e pobreza onde poderia haver prosperidade. Já passou da hora de eliminá-los", disse, segundo a Agência Brasil. "É indispensável afastar a cortina de fumaça lançada por lobbies poderosos que pretendem atribuir à produção do etanol a responsabilidade pela recente inflação do preço dos alimentos", completou.
'Etanol é como colesterol'

Lula selecionou fatos brasileiros para responder às acusações de que o programa de etanol brasileiro diminuiu a produção de grãos e pode invadir as áreas de mata da Amazônia. Lembrou dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, para não usar dados brasileiros, mostrando que toda a cana-de-açúcar brasileira está concentrada em apenas 2% da sua área agrícola e apenas a metade disse é usado para etanol. O restante é usado em açúcar.

"Há críticos ainda que apelam para um argumento sem pé nem cabeça: os canaviais no Brasil estariam invadindo a Amazônia. Quem fala uma bobagem dessas não conhece o Brasil", criticou.

"A Região Norte, onde fica quase toda a Floresta Amazônica, tem apenas 21 mil hectares de cana, o equivalente a 0,3% da área total dos canaviais do Brasil. Ou seja, 99,7% da cana está a pelo menos 2 mil quilômetros da Floresta Amazônica. Isso é, a distância entre nossos canaviais e a Amazônia é a mesma que existe entre o Vaticano e o Kremlin. Em suma, o etanol de cana no Brasil não agride a Amazônia, não tira terra da produção de alimentos, nem diminui a oferta de comida na mesa dos brasileiros e dos povos do mundo".

Lula, no entanto, se uniu às críticas ao etanol americano, feito de milho, e que tem sido apontado como o possível maior vilão da alta de preços, já que tem sido desviado da produção alimentar para os combustíveis. "É evidente que o etanol do milho só consegue competir com o etanol de cana quando é anabolizado por subsídios e protegido por barreiras tarifárias", disse.

"O etanol da cana gera 8,3 vezes mais energia renovável do que a energia fóssil empregada na sua produção. Já o etanol do milho gera apenas uma vez e meia a energia que consome. É por isso que há quem diga que o etanol é como o colesterol. Há o bom etanol e o mau etanol. O bom etanol ajuda a despoluir o planeta e é competitivo. O mau etanol depende das gorduras dos subsídios".
Petróleo

Lula também disse que considera que entre os fatores que influenciam a alta espetacular dos preços dos alimentos está o elevado preço do petróleo, que passou de US$ 30 a US$ 130 em pouco tempo. O presidente reclamou daqueles que falam da alta dos alimentos, mas não discutem o preço do petróleo, que seria responsável por 30% do custo final da produção de alimentos no Brasil. "O petróleo pesa muito no custo das lavouras brasileiras. Aí, eu me pergunto: e quanto não pesa o petróleo no custo de produção de alimentos de outros países que dele dependem muito mais do que nós?". O presidente referiu-se aos países que criticam a produção de biocombustíveis brasileira, mas se recusam a admitir que o preço do petróleo tem influência direta na alta dos alimentos. "É curioso: são poucos os que mencionam o impacto negativo do aumento dos preços do petróleo sobre os custos de produção e transporte dos alimentos", disse. Ele voltou a pedir a revisão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) que "permita aos países mais pobres gerar renda com sua produção e exportação".

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fim da fritura

Marina Silva pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pediu demissão nesta terça-feira (13/5) em uma carta destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com a assessoria de imprensa do governador Sérgio Cabral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido e recebido a permissão para convidar para o cargo o secretário do Rio de Janeiro, Carlos Minc.

O presidente do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Bazileu Margarido, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, também se demitiram. A informação é da Agência Brasil.

O motivo do pedido de demissão de Marina Silva ainda não foi revelado, mas ele aconteceu depois de uma série de episódios em que a ministra entrou em atrito com outros membros do governo ou viu as teses que defende sendo questionadas.

Choques

Na semana passada, o Programa da Amazônia Sustentável (PAS) foi criticado por ambientalistas por, de acordo com eles, não trazer novidades importantes em relação à defesa da floresta amazônica e dar mais espaço a obras do que à preservação. A coordenação do programa foi entregue ao ministro dos Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.

Recentemente, Marina da Silva se envolveu também em uma polêmica pública com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que defendera a expansão do plantio de cana em áreas degradadas da Amazônia.

Em 2006, a área da ministra já havia sido alvo de críticas pela suposta lentidão do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) na concessão de licenças ambientais para obras de infra-estrutura.

Na época, ela disse considerar "errada" a idéia de tornar o Ibama mais flexível para facilitar o desenvolvimento econômico.

Repercussão

Marina Silva sempre teve grande prestígio no exterior, mais até do que no governo a que servia ou no Brasil. Na opinião do professor da London School of Economics (LSE), Anthony Hall, a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente afeta a imagem que o mundo tem do Brasil no que diz respeito às questões ambientais.

“Eu acho que sua saída vai ser interpretada como um enfraquecimento da preocupação do governo com o meio ambiente e com a conservação da floresta", afirmou Hall em entrevista à BBC Brasil

“Não sei se é verdade, mas será visto assim", afirmou Hall, especialista em desenvolvimento sustentável e pesquisador de questões ligadas à floresta amazônica há mais de 20 anos.

Considerada no exterior um símbolo da luta pela conservação da floresta amazônica, a ministra foi citada pelo jornal britânico The Guardian em uma lista das “50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta”.

Revista Consultor Jurídico, 13 de maio de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eucalipto

Reflorestamento agora é o "filão" na economia de Rondonópolis

A Tribuna de Rondonópolis

O plantio de eucalipto tem se tornado um interessante filão na economia regional. Isso porque Rondonópolis vem se consolidando como um grande consumidor de lenha para a geração de energia elétrica. Esmagadoras de soja, frigoríficos, cerâmicas e empresas de vulcanização do município são grandes clientes dessa madeira extraída de forma ambientalmente correta. É um mercado em expansão.
A Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária, apesar de não ter dados oficiais, estima que somente Rondonópolis possua uma área entre sete e dez mil hectares ocupados com reflorestamento praticado em médias e grandes propriedades. A adesão ao reflorestamento por eucalipto, segundo o secretário da pasta, Adão Hipólito Garay da Silva, inibe a exploração de madeira nativa e contribui com a preservação ambiental.
Adão Hipólito afirma que, em Rondonópolis, a lucratividade do reflorestamento, por exemplo, remunera melhor que o algodão, por estar próximo dos consumidores. “É um mercado com alta demanda”, garantiu, explicando que, além da lenha para geração de energia, existem variedades de eucalipto voltadas à exploração pela indústria moveleira, construção civil, propriedades que trabalham com pecuária, entre outros.
O secretário informou que Rondonópolis possui, inclusive, várias empresas produtoras de mudas de eucaliptos com alto grau de qualidade. Para formar um hectare de reflorestamento, Adão Hipólito estima ser necessário R$ 3 mil. Em média, o eucalipto demora seis anos para atingir o ponto de corte, mas existe variedade que já está pronta com cinco anos. Na fase de crescimento, há necessidade de tratos culturais e adubação.
Um grande consumidor de lenha na cidade é a ADM, que possui 1 mil hectares de reflorestamento próximo ao perímetro urbano. Também grande consumidora, a Bunge financia produtores para o plantio do eucalipto para a madeira que consome. E tem mais grande consumidor surgindo: a Cervejaria Petrópolis, que anunciou ano passado a intenção de plantar quase 700 hectares de eucalipto na região.
Adão Hipólito observou que, em seminário ambiental realizado há alguns anos em São José do Povo, foi alertado sobre a exploração ilegal de madeira nativa na região, visando o suprimento de empresas de Rondonópolis, o que mostra, segundo ele, que ainda há espaço para ser explorado pelo reflorestamento legal.
OBRIGAÇÃO – Conforme lei, todas as pessoas físicas ou jurídicas que explorem, suprimam, utilizem, transformem ou consumam produtos e subprodutos de origem florestal no território de Mato Grosso ficam obrigadas a efetuar a reposição florestal, conforme normas e procedimentos estabelecidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Oito empresas emitem 63% de todo o CO2 industrial em São Paulo

Oito empresas emitem 63% de todo o CO2 industrial em São Paulo

Elas respondem por 18 milhões dos 29 milhões de toneladas por ano do principal gás causador do efeito estufa

Emilio Sant'Anna

Oito empresas são responsáveis por 63% de toda a emissão de CO2 das indústrias paulistas. Elas respondem por cerca de 18 milhões dos mais de 29 milhões de toneladas do principal gás responsável pelo efeito estufa emitidas todos os anos. No topo da lista está a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), responsável por 6,357 milhões de toneladas do gás lançado na atmosfera, em 2006.
A empresa de Cubatão é seguida por três refinarias da Petrobrás e uma petroquímica de Santo André. Completam o ranking das oito primeiras a Companhia Brasileira do Alumínio, a Votorantim Cimentos Brasil e a Rhodia, indústria química - todas no interior do Estado.
Os principais setores industriais responsáveis pelas emissões são o petroquímico, siderúrgico, de transformação e de minerais não metálicos. O resultado foi apresentado ontem pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Essa é a primeira vez que o governo do Estado divulga o nome dos principais emissores industriais. Para outros setores como agricultura, o estudo ainda será feito.
O levantamento listou as cem principias emissoras do Estado. Para isso, 379 empresas foram selecionadas e convidadas a preencher voluntariamente um questionário enviado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) - 329 delas responderam. 'As estimativas foram baseadas na metodologia usada pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas)', diz o secretário de Estado do Meio Ambiente, Xico Graziano.
Fazem parte também desse levantamento empresas como a Gerdau Aços Longos, Camargo Corrêa Cimentos, Suzano Papel e Celulose, Basf e Monsanto do Brasil. Todas elas, porém, com emissões bem abaixo do 1,033 milhão de toneladas da Rhodia, a oitava da lista.
Em março, Graziano chegou a anunciar números preliminares, mas adiou a divulgação dos nomes dos principais emissores. A decisão foi resultado do pedido das empresas para corrigir informações enviadas à Cetesb.
Agora, a secretaria deve procurar essas empresas para discutir a formulação de projetos voluntários de diminuição das emissões de CO2. 'Isso não é punição para as empresas, mas dá instrumentos à Cetesb para se engajar nas negociações com elas', diz o secretário.
BOA NOTÍCIA
O relatório divide os 29 milhões de toneladas do gás, lançados na atmosfera em 2006, como provenientes da queima de combustível industrial e como resultado do processo de produção em si. Segundo Graziano, 77% do combustível utilizado é proveniente de fontes renováveis - uma boa notícia.
A proposta para a realização do relatório partiu do ex-secretário José Goldemberg e levou cerca de seis meses para se concretizar. O ex-secretário prevê que a redução de emissão de CO2 não será homogênea entre os setores listados pela pesquisa, mas considera que é possível chegar a um bom resultado. 'O que está sendo feito nos EUA é a identificação dos grandes emissores e o estabelecimento de metas', afirma. 'O que está sendo feito hoje em São Paulo nos coloca na mesma posição da Califórnia, o Estado mais avançado dos EUA nessa questão.'
Segundo ele, a tecnologia impedirá que esse processo seja barrado por interesses econômicos. O ex-secretário cita a redução na emissão de enxofre pelas indústrias americanas na década de 1980 como exemplo. 'Acabaram chegando a um processo barato para diminuir a quantidade de enxofre. Acredito que o mesmo vai acontecer com o CO2', diz.
Os próximos passos da secretaria devem ser a realização de um novo relatório com a emissão total no Estado, analisando os setores de transporte e agricultura, por exemplo. 'Ainda vamos avançar nesta área, pois essa conta não inclui as emissões que são resultado do consumo doméstico e comercial de combustíveis nem do uso do solo', diz Graziano.
De acordo com dados de 2006 da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apenas a emissão de CO2 proveniente do setor de transporte aéreo e viário foi de 49 milhões de toneladas no País. O óleo diesel foi responsável por 55% dessa emissão, a gasolina por 35% , e a querosene utilizada na aviação 10%.
O secretário descarta a adoção de medidas de incentivo fiscal para as empresas que começarem a reduzir as emissões. No entanto, diz que, num futuro próximo, isso pode se transformar em crédito acumulado. 'Elas teriam um atestado de que começaram a cortar a emissão antes de 2012.'

quarta-feira, 23 de abril de 2008

WWF Desmatamento

A WWF fez um filme mostrando os efeitos do desmatamento na vida do planeta e que esse efeito dominó um dia pode voltar contra você.Conserve seu planeta enquanto ha tempo.www.wwf.org.br




Abr

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Madeira certificada

Holanda pretende chegar a 100% de produtos madeireiros certificados na construção civil até 2070

16/04/2008
Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br

Aldrey Riechel

"Nossa meta é que até 2010 tenhamos 70% de madeira certificada e chegue a 100% em 2070", revela Christian va der Kamp, representante de municipalidade da Holanda, durante a sua apresentação na III Feira Brasil Certificado, que acontece até sexta-feira (18), em São Paulo. Atualmente a Holanda consome 23% de madeira certificada pelo FSC na construção civil.

Segundo ele, a pressão por produtos certificados está crescendo no país, tanto pelas construtoras como por clientes. A preocupação é que exista mercado suficiente para atender as demandas.

Mesmo sabendo que o FSC não faz milagrosa, Kamp afirma a necessidade de mudanças no comportamento para diminuir os impactos sobre o clima e rebate as criticas de especialistas que afirmam que a ação humana não causa impactos sobre as mudanças climáticas. Para ressaltar sua opinião, ele apresenta uma história: "se você está dirigindo um carro e fica cego quando pára em um sinal vermelho. O que você faz? Os passageiros são todos motoristas e metade diz pra você continuar seguindo e a outra afirma que o sinal ainda não abril. Eu escolheria não continuar". Kamp, afirma que com as mudanças climáticas ocorre o mesmo.

O país também esta elaborando uma rede regional para o setor agrícola com o objetivo de reduzir a emissão de CO² na atmosfera.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

2025 ???

Bush propõe deter crescimento de emissões de CO2 até 2025

Plano do presidente é criticiado por ser tímido e trazer poucos detalhes de implementação

WASHINGTON - Revendo sua posição na questão do aquecimento global, o presidente dos EUA, George W. Bush, propôs nesta quarta-feira, 16, a interrupção do crescimento das emissões de gases causadores do efeito estufa pelos EUA até 2025, e pediu que os países que mais poluem o ar desenvolvam metas nacionais para enfrentar o aquecimento global.

Em um discurso proferido no Jardim de Rosas da Casa Branca sobre o aquecimento global, Bush declarou-se preocupado com a possibilidade de o Congresso americano aprovar leis sobre o efeito estufa que venham a atrapalhar o crescimento econômico. Críticos do governo americano dizem que a administração Bush vem evitando enfrentar o problema. Mas o presidente afirmou que sua equipe trabalha com afinco para tratar a questão.

Ao mesmo tempo em que definiu uma meta ampla, Bush ofereceu apenas um quadro geral, com poucos detalhes, sobre como atingir os objetivos propostos. A proposta presidencial se viu rapidamente sob ataque de políticos do Partido Democrata e de ambientalistas, por ser muito tímida frente ao que seria necessário para estabilizar a concentração dos gases que aprisionam o calor do Sol na atmosfera.

Bush afirmou que os EUA não agirão de modo unilateral para sabotar uma solução do problema.

"Como em muitos outros países, o plano nacional dos Estados Unidos será uma mistura ampla de incentivos de mercado e regulamentações para reduzir emissões encorajando tecnologias de energia limpas e eficientes", disse ele. "Estamos dispostos a incluir este plano num acordo internacional com força de lei, desde que as demais principais economias estejam preparadas para incluir seus planos em tal acordo".

O presidente pediu que as emissões de gases do efeito estufa por geradoras de eletricidade parem de crescer dentro de 10 a 15 anos.

Fonte : www.estadao.com.br

quinta-feira, 27 de março de 2008

Seleção do material para reciclagem

MATERIAIS RECICLÁVEIS
Para os materiais secos recicláveis, existe uma padronização internacional para a identificação, por cores, nos recipientes coletores (VERDE para vidro, AZUL para papel, AMARELO para metal, VERMELHO para plástico e BRANCO para lixo não reciclável).

VIDRO (RECIPIENTE VERDE)
» Garrafas
» Vidros de conserva
» Lâmpadas incandescentes
» Cacos de vidro.
OBS: objetos pontiagudos e cortantes devem ser bem embalados
em jornal, evitando acidentes de trabalho com os Garis
(coletores de lixo)

PAPÉIS SECOS (RECIPIENTE AZUL)
» Jornais, listas telefônicas e folhetos comerciais
» Folhas de caderno, revistas e folhas de rascunho
» Papéis de embrulho
» Caixas de papelão
» Caixas de brinquedos
» Caixas longa vida ou Tetra Pak

METAIS (RECIPIENTE AMARELO)
» Tubos de pasta de dentes
» Latinhas de cerveja e refrigerante
» Enlatados
» Objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro, zinco
Observação: Todo o material a ser reciclado deve estar limpo.
Observação 2: Caso o Programa de Coleta Seletiva de sua cidade ou comunidade também valorize a matéria orgânica do lixo, deverá ter um recipiente somente para este.
PLÁSTICO (RECIPIENTE VERMELHO)
»Embalagens de produtos de limpeza
» Garrafas plásticas
» Tubos e canos
» Potes de creme e xampu
» Baldes e bacias
» Restos de brinquedos
» Sacos, sacolas e saquinhos de leite limpos

quarta-feira, 5 de março de 2008

Estudioso compara aquecimento global à escravidão nos EUA

Estudioso compara aquecimento global à escravidão nos EUA

Publicada em 03/03/2008 às 17h45mCatharina Epprecht - O Globo Online

RIO - O que é que o aquecimento global tem em comum com a escravidão? Pode parecer uma charada boba, mas resposta é séria e não tem muita graça. A argumentação a evitar um posicionamento mais ético dos EUA em relação aos dois problemas mostrou-se a mesma. É o que defende o pesquisador da Universidade de Amsterdã Marc D. Davidson, doutor em Filosofia, e que tem se especializado em questões que envolvem ética, economia e ambientalismo.
Davidson publicou um artigo em que afirma que a mão-de-obra escrava era tão importante para os Estados Unidos sulistas do século XIX quanto os combustíveis fósseis no século XXI. E mais: mantem-se o mesmo tipo de argumentação a refutar tanto o fim da escravidão no passado, quanto o Protocolo de Kioto hoje.
- Muitos economistas e estudiosos acham que seu trabalho é objetivo ou livre de valores. A maior parte, entretanto, pode apontar escolhas que são dúbias do ponto de vista moral - explica o acadêmico holandês, em entrevista, por email, ao GLOBO ONLINE.
Ele defende que o aquecimento global envolve questões éticas porque aqueles que geram os riscos não são os mesmos a lidar com eles, tanto no curto quanto no longo prazo.
Marc D. Davidson diz que sua pesquisa não tem um argumento científico "típico" e que, de alguma maneira, é até político:
- Mas meu ponto principal é o de que não há medida independente, objetiva, para se julgar moralmente abordagem dos riscos climáticos. A única maneira é comparar as atitudes em outros casos.
E essa comparação, diz ele, pode revelar a proteção de interesses.
- Acredito que o Congresso norte-americano esteja hoje protegendo os interesses dos EUA. Por vezes, isso é feito abertamente, como quando os congressistas dizem que não será assinado nenhum tratado sobre o clima que agrida sua economia. Mas na maior parte das vezes, é feito de maneira escamoteada, dizendo que há dúvidas em relação à cientificidade, exagerando os impactos econômicos etc - afirma.
E são esses subterfúgios (ou essa retórica) que ele expõe no artigo "Paralelos entre a argumentação reacionária dos debates congressistas dos EUA sobre a abolição da escravatura e o Protocolo de Kioto", publicado no periódico Climatic Change.
Retórica
A primeira "estratégia" identificada é inverter as reivindicações de mudança. "O que se advoga que seja ruim, na verdade é bom." Uma das citações que usa, do senador e vice-presidente John Caldwell Calhoun, para ilustrar o posicionamento do passado, é de dar vergonha: "A raça africana central (...) nunca existiu em condição tão confortável, respeitável ou civilizada, como a que desfruta nos Estados Sulistas."
Para os dias de hoje, a voz é dada ao senador Inhofe, chefe do Comitê de Trabalhos Públicos e Meio Ambiente (em 2003):
"Até agora, ninguém demostrou nenhuma prova científica de que a elevação da temperatura global chegará às previsões catastróficas dos alarmistas. Na verdade, parece que o oposto é a verdade, que o aumento da temperatura do globo tem efeitos benéficos em nossas vidas. (...) Numerosos estudos mostraram que o aquecimento global pode, na verdade, ser benéficos para a humanidade, (...) para o meio ambiente e para a economia."
Esse raciocínio abre espaço para o segundo. O de que os benefícios propostos pela nova política são duvidosos, de que a ciência (no caso do Protocolo de Kioto) ou a compreensão humana (no caso da abolição) ainda não alcançaram entendimento suficiente para garantir os resultados propostos por quem pede mudanças.
O pesquisador lembra, entretanto, que nem sempre há coerência nessa busca pelas provas: "O mesmo senador Inhofe que insistiu (...) numa completa certeza científica antes de aprovar fundos para combater o aquecimento do clima, encontrou justitificação suficiente em informações inconclusivas do serviço de inteligência dos EUA, contradizendo o inspetor chefe de armas da ONU, para começar a guerra no Iraque."
Por outro lado (argumento 3), defende-se que a mudança de parâmetros seria a ruína da economia e da segurança nacional. Nesse caso, as citações são cheias de números, cifrões e palavras negativistas (ruína, devastação, desemprego, escuridão...) De novo, o senador Inhofe chega a afirmar que "Kioto é uma arma econômica designada a destruir a competitividade e a superioridade econômica dos EUA."
Há ainda a discussão de que a mudança seria injusta com os EUA (ou com os Estados Sulistas, no caso da escravidão). Ao que Davidson cita a sugestão do Brasil de que no cálculo para futuras emissões fossem consideradas as emissões do passado. Nada mais justo? Para os países emergentes com certeza.
- Mas os EUA tem todo um conjunto de idéias e discursos a provar o contrário - aponta o pesquisador.
A quinta semelhança entre as discussões é a da soberania. A escravidão era tida como assunto doméstico, assim como "muitos congressistas americanos se horrorizaram com a idéia de órgãos supranacionais tenham voz em assuntos internos dos EUA, como o consumo de energia". E cita os senadores Hagel ("Corta o coração de nossa soberania nacional colocar uma autoridade internacional que sujeitaria os negócios e indústria americanos a sua autoridade. Nunca antes na história dessa nação livre isso aconteceu."); e Craig ("Nunca antes, permitiu-se que interesses estrangeiros ditassem on tanto de energia que os americanos podem usar."), além do enfático deputado Rohrabacher ("Não vou abrir mão da minha liberdade para uma cambada de funcionários desqualificados de outros países (...) Em 10 anos, todos esses órgãos serão liderados por povos corruptos do Terceiro Mundo que provavelmente serão subornados pela China Comunista.")
Por fim, argumenta-se que "ao se tentar beneficiar um grupo vulnerável, pode-se fazer mal a outros grupos vulneráveis", como as mulheres, que teriam de fazer trabalhos domésticos com o fim da escravidão e que, se comparadas aos escravos homens livres, teriam menos direitos na sociedade.

sábado, 1 de março de 2008

EVOLUÇÃO

De 2000 - 2005
Impressionante !!



“O mundo deve ajudar o Brasil”

“O mundo deve ajudar o Brasil”, diz parlamentar inglês sobre meio ambiente
Em 27/02/2008

Participante do fórum da Globe (Organização Mundial de Legisladores para um Ambiente Equilibrado) Malcolm Bruce, membro liberal-democrático do parlamento do Reino Unido, afirmou que o mundo todo deveria contribuir para uma política de meio-ambiente sustentável no Brasil. O evento ocorreu em Brasília e reuniu legisladores dos países do G8, do Brasil, da China, da Índia, do México e da África do Sul (o G8+5).
“O Brasil tem um ecossistema incrível, importante não somente para o país, mas para o mundo inteiro. O que deve ser feito é encontrar vias para o desenvolvimento sustentável dessas regiões. Eu acredito que, uma vez que a preservação do meio-ambiente brasileiro é tão importante para todos, o mundo inteiro deveria contribuir para essa preservação de uma maneira ou de outra”, afirmou o parlamentar em entrevista ao Contas Abertas. O que se vê na execução orçamentária do Ministério do Meio Ambiente em 2007, no entanto, são baixas aplicações. A pasta gastou apenas 50% do valor autorizado no Orçamento Geral da União de 2007. Dos R$ 2,8 bilhões previstos, apenas R$ 1,4 bilhão foi pago, incluindo a quitação de dívidas contraídas em 2006.
Programas importantes tiveram baixa execução, como é o caso do “Amazônia sustentável”, em que Estados e municípios onde a Amazônia Legal está localizada são estimulados a usarem recursos naturais de forma sustentável. Dos R$ 20,5 milhões reservados para o projeto, apenas R$ 10,5 milhões foram gastos em 2007, incluindo os restos a pagar. Outro programa que teve baixa execução foi o de “Zoneamento ecológico-econômico”, que promove divisão de grandes áreas da Amazônia com base em suas situações sociais e ecológicas. Trata-se de uma forma de consolidar o processo de ocupação e o desenvolvimento sustentável da região. Dos R$ 10,7 milhões destinados ao programa, apenas 12% foram utilizados, o equivalente a R$ 1,3 milhão.
Globe
Mais de 100 parlamentares de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Japão, Rússia, Brasil, China, Índia, México e África do Sul se reuniram no Itamaraty esta semana, em Brasília. Foram debatidas metas de redução das emissões de carbono pós-Protocolo de Kyoto, exploração sustentável de florestas, biocombustíveis e aquecimento global. As discussões têm sido ampliadas e o Brasil é tido como fundamental neste processo. A intenção do grupo é elaborar um documento com sugestões a serem apresentadas na próxima reunião de cúpula do G-8, em junho, no Japão.
A senadora Serys Slhessarenko foi coordenadora da delegação brasileira que participou do evento. Ela afirma que “as discussões no Brasil tiveram três aspectos principais: o desmatamento evitado, o comércio de carbono e, sobretudo, os biocombustíveis.” Temas, segundo ela, que não são abordados pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997. “Os debates devem, possivelmente, seguir até 2012”, afirma a senadora ao se referir à data em que o protocolo deixa de vigorar.
Fonte: Contas Abertas

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Derretendo !!!


Achei essa foto da campanha da WWF ( http://www.wwf.org.br/ ) muito bacana !

Abr

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Vamos começar a "sujar" as mãos !! - Parte 3

Conforme prometido segue a foto da minha "floresta"

22 árvores já !!


Só pra lembrar:

Essa ONG planta 1 árvore a cada "click", vários patrocinadores ajudam !

Basta se cadastrar e "clikar"Podemos plantar uma por dia, ou seja, uma vez cadastrado você pode plantar uma por dia e fazer a sua própria floresta. :D

No site, após logar e possível ver quantos m2 tem a sua floresta, onde foi plantado, quantas árvores, etc...Basta "clikar" no site e mãos a obra http://www.clickarvore.com.br/

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Aumento de desmatamento na Amazônia acende sinal de alerta no governo

Publicada em 23/01/2008 às 20h33m - O Globo Online - O GloboReuters

RIO e BRASÍLIA - Dados preliminares divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o ritmo de destruição da Amazônia voltou a crescer nos últimos meses de 2007. Entre agosto e dezembro, foram desmatados 3.235 quilômetros quadrados de mata. Segundo o governo, a cifra é quatro vezes superior à do mesmo período de 2004. Não foram fornecidos os dados relativos a 2005 e 2006.

" Nunca antes detectamos uma taxa tão alta nesta época do ano "

- Nunca antes detectamos uma taxa de desmatamento tão alta nesta época do ano - disse Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece imagens de satélite da área, em entrevista coletiva em Brasília.

Os números, que serão debatidos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, às 9h, em reunião no Palácio do Planalto, representam uma tendência "preocupante" de aumento, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. De acordo com ela, no encontro, que terá participação de outros ministros, serão discutidas as medidas para fortalecer a fiscalização nos locais considerados mais críticos.

- O governo não quer pagar para ver. Não vamos aguardar a sorte, e sim, trabalhar para fazer frente a esse processo - disse a ministra.

Há poucos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a redução do desmatamento em 50% entre julho de 2005 e julho de 2007, resultado atribuído à melhora na fiscalização da posse de terras e no combate a madeireiros clandestinos. Ambientalistas já vinham alertando que o recente aumento no preço de produtos agrícolas levaria a um aumento da devastação, devido à expansão da fronteira agrícola na Amazônia.

" O governo não quer pagar para ver. Não vamos aguardar a sorte, e sim, trabalhar para fazer frente a esse processo "

Segundo Marina Silva, o governo terá que correr contra o tempo para evitar que o crescimento das derrubadas se confirme no próximo levantamento anual, que será fechado em julho.

- Será um absurdo se retomarmos o padrão anterior de desmatamento - afirmou a ministra, após anunciar os dados do sistema Deter.

A maior parte dos desmatamentos detectados no período se concentrou em três estados: Mato Grosso (53,7% do total desmatado), Pará (17,8%) e Rondônia (16%). Entre as causas para o aumento, Marina citou a seca prolongada e uma possível influência do avanço da produção de soja e da pecuária nas regiões. Ela evitou responsabilizar diretamente as atividades econômicas, mas ao lembrar que a carne e a soja estão com preços internacionais favoráveis, afirmou:

- Não acredito em coincidências.

A ministra disse que será feita uma averiguação detalhada nos locais para um diagnóstico mais preciso:

- Faremos um zoom para verificar.

As derrubadas ocorreram em maior intensidade nos meses de novembro e dezembro. Nesse período, foram desmatados 1.922 quilômetros quadrados de floresta. De acordo com o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, municípios como São Felix do Xingu e Cumaru do Norte, ambos no Pará, e Comiza, em Mato Grosso, tradicionalmente apresentam altos índices de desmatamento.

Marina enumerou três fatores que devem reforçar a pressão sobre a floresta nos próximos meses: a seca prolongada, o aumento do preço nas commodities e a proximidade das eleições, que aumenta as resistências à fiscalização. A ministra admitiu que o governo pode mudar as políticas atuais de controle e fiscalização, que não foram capazes de evitar a nova alta do desmatamento na região.

- Nós tomamos um conjunto de medidas, mas as medidas não são infalíveis. Às vezes o médico faz o tudo o que pode pelo paciente, mas existem variáveis. Então ele vai mudando, ajustando a medicação. O que estamos fazendo é exatamente isso - disse.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Desmatamento Brasil

O homem é a principal causa do desmatamento ou destruição das florestas tropicais.

Os humanos estão cortando as floretas tropicais por muitas razões, incluindo:

  • Madeira para uso próprio (móveis, construção de casas, etc.) e madeira para fazer fogo;
  • Agricultura para pequenos e grandes fazendeiros;
  • Terra para fazendeiros pobres que não têm nenhum lugar para viver;
  • Pasto para a criação de gado; e
  • Construção de estradas.



Brasil evita emissão de 769 milhões de t de CO2

Brasil já evitou a emissão de 500 milhões de toneladas do dióxido de carbono (CO2) desde 2004 somente com a redução do desmatamento da floresta amazônica.
O Brasil já evitou a emissão de 500 milhões de toneladas do dióxido de carbono (CO2) desde 2004 somente com a redução do desmatamento da floresta amazônica, que, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, apresenta taxa acumulada de 59% até agosto de 2007. A esses números devem-se somar os 269 milhões de toneladas evitadas ou a evitar até 2012 resultantes até agora de 255 mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) nacionais implantados de acordo com as normas do Protocolo de Kyoto. Os resultados passados do desmatamento e futuros de projetos produtivos (sem considerar eventuais novas reduções da derrubada de florestas) já somam, portanto, 769 milhões de toneladas não emitidas de CO2 ou seu equivalente em outros gases que causam o aquecimento global. A contribuição brasileira equivale a cerca de 20% de todas as emissões de gases estufa que os países industrializados terão de promover até 2012.
Depois de ver aprovada, ainda no âmbito de Kyoto, a proposta de criação do MDL, para que os países emergentes pudessem desenvolver e adotar tecnologias menos poluentes de produção, o Brasil propôs, na 13ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em dezembro, em Bali (Indonésia), a criação do Fundo de Proteção e Conservação da Amazônia Brasileira, tamanha a importância da manutenção das florestas no combate ao efeito estufa.
Os dados mais recentes do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) registraram redução de 20% na taxa de desmatamento entre 31 de julho 2006 e 1º de agosto de 2007, o equivalente a 11.224 km2 no período.Desde março de 2004, a taxa do desmatamento registrou uma queda acumulada de 59%. Mas nos últimos meses do ano passado houve um forte aumento na derrubada de matas, levando o governo a adotar um plano com a participação de 13 ministérios, coordenado pela Casa Civil, de combate ao desmatamento a partir agora de 2008. O plano vai dar destaque aos 40 municípios detentores dos maiores índices de derrubada de matas, localizados no Pará, em Rondônia e no Mato Grosso.
O Ministério do Meio Ambiente espera, com o fundo de conservação, atrair recursos para transformar a redução das emissões por desmatamento em um sistema de financiamento da conservação e uso sustentável da floresta. As iniciativas brasileiras buscam defender a manutenção do Protocolo de Kyoto depois de 2012, quando encerra o primeiro período de compromissos do tratado, com ajustes para tornar mais rígidas as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.